Laura Vinci
(1962– ) Nasceu em São Paulo. Vive e trabalha em São Paulo.
Conhecida por suas esculturas, grandes instalações e intervenções site-specific, Laura Vinci é uma artista multimídia, cenógrafa e diretora de arte.
Formada em artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e com mestrado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA–USP), Laura Vinci iniciou sua carreira artística no início da década de 1990.
Sua pesquisa se baseia nas relações entre corpo e espaço, tendo como tônica a efemeridade. Em sua prática o espaço desponta como um organismo complexo, mediador das relações entre os diversos corpos que o compõem, sem deixar de ser suscetível à passagem do tempo. Suas propostas buscam investigar os processos de alteração da matéria, evidenciando a transitoriedade dos elementos que ocupam determinado local, assim como estimular o público a ter novas percepções sobre o ambiente ao seu redor.
Para o Rosewood São Paulo, Vinci criou uma série especial para os corredores do 5º andar – ela coletou folhas e galhos dos jardins da Maternidade Matarazzo antes do início dos trabalhos de construção no local. Então, produziu réplicas das folhas e galhos suspensos no ar por finas correntes, usando ouro como acabamento, dando, assim, a impressão de que todos eles estão flutuando no ar. Laura transformou o lugar num ambiente muito poético. Sua criação nos faz sonhar pelos corredores que nos levam aos apartamentos do 5º andar.
Laura Vinci descreve seu trabalho:
“A versão de Folhas Avulsas instalada no edifício da antiga maternidade, que hoje faz parte do Cidade Matarazzo e do Rosewood São Paulo, foi especialmente projetada para ocupar o 5º andar do edifício. Escolhi uma das árvores que pertencem ao jardim original da maternidade para reproduzir — em latão fundido banhado a ouro — suas folhas e pequenos galhos. Ocupando os três longos corredores que dão acesso aos quartos do hotel, instalei mais de 100 folhas e alguns galhos pendurados em pequenas correntes presas diretamente no teto do edifício. A ideia era trazer para o espaço uma versão delicada da vegetação exuberante que faz parte de todo o complexo. Uma provocação sobre a importância de criar paradigmas sobre nossa relação com a natureza. As Folhas Avulsas são para mim como relíquias de um futuro”.
Saiba mais em: lauravinci.com.br
Representada pela galeria: nararoesler.art